quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Amora(e)s

É como um dia de verão, naqueles em que o Outono já faz anunciar a sua chegada. O vento que toda a noite soprou, fez o dia acordar mais fresco. As primeiras folhas caducas já voam pelo ar, amontoando-se em pequenos montinhos, junto aos muros, ou encostadas a algum tronco, até que tocadas, de novo pelo vento, rodopiam até nova paragem. É nos silvados espinhosos que elas crescem viçosas, azuladas, escuras como a noite. Por cada pedaço doce, um espinho protector do fruto pecaminoso. Uma, e mais uma e uma mais, as mãos singelas, passam pelos espinhos um pouco com receio, mas ao tocar no fruto polposo, rodeia-se um pouco o pé e zás! salta do ramo que lhe deu vida. AMORA(E)S!!!

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