segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia Mundial do Livro

Hoje é o Dia Mundial do Livro.
Nos dias que correm, praticamente todos os dias, é dia nacional, internacional, mundial de qualquer coisa. Uns mais importantes que outros, mas o que importa é serem recordados, nem que seja uma vez por ano.
Gosto muito de livros, do cheiro que eles têm. O encanto que é pegar um livro novo, vê-lo, cheirá-lo, senti-lo. Sentir todas as suas arestas, todas as suas folhas, a capa. Com os livros velhos, o encanto é outro. Tentar imaginar que pessoas já pegaram neles, que pensamentos terão tido ao ler as suas folhas.
Não tenho tantos como gostaria.
Já me enviaram endereços de sites de partilhas de livros, mas sou muito egoista com o os meus livros. Talvez por serem poucos e realmente meus, tenho-lhes uma paixão imensa. Sou incapaz de me separar deles.


Este é o livro da minha vida, eheh.
Já o li e reli, dezenas de vezes.
É muito velhinho. A edição que tenho data de 1956, as páginas são cozidas com linha, as suas folhas estão num tom amarelo escuro. A capa, agora, está forrada por papel para não se danificar. Um dia emprestei-o e quando o devolveram vinha com as capas soltas. Em casa, sozinha, sem ninguém ver, até chorei. Jurei nunca mais emprestar livros.
A história, bem a história só podia ser romântica, triste, sofrida.









Tenho outros livros preferidos.
E sou daquelas leitoras, que, quando um livro me fascina, sou capaz de passar uma noite inteira a ler, e muitas das vezes só reparar nas horas quando o despertador toca para supostamente me levantar para ir trabalhar.
O 1º livro que li?


Foi este, "roubado" da prateleira do tio F.
Tantas horas passadas, no quintal dos avós, debaixo da videira a ler. Nos dias mais frios, à janela da sala, a ver a paisagem alentejana a perder de vista.
Muitas vezes a biblioteca, primeiro no Palácio Amarelo, depois no antigo quartel dos Bombeiros perto da Sé Catedral, posteriormente no Convento de Santa Clara foram a minha casa de leitura, a minha distração durante longas tardes.
Muitas vezes levava-os para casa, e como os tratava muito bem (até tinha uma sacola de pano onde os transportava, pois o suor das mãos podia estragá-los), deixavam-me levar mais do que o permitido. No dia seguinte ia sempre entregar um.
Quantas vezes dei por mim a copiar pequenos excertos de livros que gostava. Na altura as fotocópias eram caras e o dinheiro não abundava.
Gosto de me ver rodeada de livros.
Na mesinha de cabeceira, estão sempre dois. Quando as noites são propícias a insónias e a inspiração para a escrita anda pelas ruas da amargura, pego num livro e leio, mesmo que seja pela centésima vez. eheh.

18 comentários:

  1. Também gosto muito de livros e quando um me agrada mesmo mesmo muito fico a ler noite dentro, sem me importar com o tempo a passar e com o facto de que vou andar cheia de sono no dia seguinte!

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  2. Fiquei a sonhar ver, um dia, meu livro sobre sua mesa de cabeceira.

    Mas não ligue... é uma minha maluqueira

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  3. Carlota
    Acredite que ao ler este seu post, tive uma sensação de vergonha pela caloiçe que há uns tempos me atinge. Sou do tempo em que um simples livro do Jorge Amado era proíbido e quando o apanhavamos devoráva-mo-lo duma assentada.
    Tinha um bom espólio, mas acabei por o perder (mas isso é outra estória).
    Fez bem em lembrar.
    beijinho
    Rodrigo

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  4. Carlota
    O livro da tua vida é muito velhinho dizes tu, pois também eu, somos do mesmo ano, talvez eu esteja em vantagem por ser de Dezembro.Heheh.

    Pois é amiga essa de os emprestar e devolverem-nos danificados ou por e simplesmente não os devolverem tornou-me egoista ao ponto de não emprestar os meus a ninguém. Últimamente ando um tanto perguiçosa, mas sabes uma coisa também eu gosto do cheiro dos livros, sou capaz de entrar numa livraria apenas pelo cheiro.

    Beijinho e uma flor

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  5. Livro da minha vida - Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez;
    Livro de cabeceira, actualmente - Filho da Guerra, de Emmanuel, Jal (violenteo, terrível, mas que recomendo vivamente).
    Livros, e jornais - comapnhia diária de há muitos, muitos anos.
    Bjs

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  6. Eis um grande amigo ou as vezes um inimigo implacável.
    Faz a gente pensar e torna-nos subversicos...adoro.

    Bjs nossos

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  7. Belo post, Carlota. Os livros conseguem realmente ser os nossos melhores amigos. Tenho alguns de "estimação" também.

    Tenho andado ocupado, mas vou continuar a passar por cá.

    Um beijinho do Piçarra.

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  8. Adoro livros, o cheiro, o toque, o conhecimento, enfim, adoro-os!

    Carlota, passei para desejar-lhe a si e família um excelente fim de semana!

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  9. Anokas.
    O mal de estar uma noite inteira a ler, é passar o dia seguinte cheia de sono, eheh.
    Beijo

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  10. Rogério.
    Também espero um dia poder ter o seu livro na minha mesa de cabeceira. Mas, enquanto o meu "Delírios" não sair de Angola não o quero lá ver, para não me influenciar a escrita.
    É que a sua versão é a verdadeira, e a minha não passa de imaginação.
    Beijo

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  11. Rodrigo.
    Quem aprende nunca esquece.
    Todos os dias, são bons para voltar a ter esse prazer da leitura. Um bocadinho todos os dias, eheheh
    Beijinhos

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  12. Minha Bela Flor.
    O livro é velhinho, tu não. Estás um borracho!! eheheh.
    Beijinhos

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  13. Minhas Belas Princesas Cozinheiras.
    Um livro, um grande amigo, sempre.
    Por vezes fico zangada comigo por não organizar melhor o meu dia, para ler mais um pouco. É que me deito cedo. O sono, esse sim, o grande inimigo dos meus amados livros, eheheh
    7 beijinhos

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  14. J Piçarra.
    Já tinha sentido a falta do teu comentário.
    Ah e o teu blogue também sente a tua falta.
    Beijinhos

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  15. tenho prazer em te conhecer, e tb poder contigo confraternizar, trabalhamos lado a lado por assim dizer e esse será o meu privilégio.gosto de ti.

    beijinhos mané

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  16. Minha Bela Mané.
    Esta foi uma surpresa enorme.
    Gosto de trabalhar contigo, de ser tua amiga. És uma porreiraça!! E tens um motorista privado que é um pão!!!! eheheheheheh.
    Beijinhos e até amanhã.

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