quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um Delírio XIII

Claude Monet (Garden Path/1902)

(continuação)

Casar!! Será que estava a ouvir bem?! José estava a pedir-me em casamento??"- Então o que dizes?- Achas um disparate, não é? Eu tenho idade para ser teu pai. - a voz saiu tão sumida, como se tivesse medo que eu ouvisse o que ele dizia."- José, tenho quase 15 anos. Acabei de perder o meu pai. Ainda nem tive tempo para pensar o que será a minha vida, o meu futuro. Tenho a minha mãe, tenho que a ajudar.""- Eu sei isso, Maria. Eu sei. E por isso mesmo te faço este pedido, neste dia."Como toda a rapariga, também eu sonhava com o meu casamento. O vestido, a igreja, a festa, o noivo. O noivo tinha sido até à bem pouco tempo, a única incerteza em todo este sonho. O corpo era visível, a face nem tanto. Tantos livros que lera, tantos sonhos. E, agora, neste momento o confronto com um dos sonhos ao qual eu não sabia dar resposta.A mão de José segurou a minha. Os nossos dedos entrelaçaram-se. Os seus dedos faziam cocegas na minha mão.O meu olhar baixou ao chão. A dor tornara-se mais forte. Os olhos encheram-se de lágrimas. Lágrimas de tristeza, lágrimas de felicidade."- Não chores, Maria. Por favor não chores. Se não quiseres casar, eu compreendo. Afinal somos desconhecidos um para o outro. Se tu quiseres, eu espero.""- Eu quero, José. Eu quero casar contigo. Choro de tristeza pela perda de meu pai. Ao mesmo tempo sinto alegria por este pedido.""- Minha doce Maria."Senti os seus lábios tocar levemente os meus. Os seus braços envolver o meu corpo.Fechei os olhos e deixei-me levar.



Recordei tudo isto, desde que José tinha fechado a porta."-Maria, ouviste o que te perguntei?"Levantei-me e fui ter com José. Beijei-o como se fosse a primeira vez, como a do riacho."- Gosto muito de ti, José.""- Também gosto muito de ti, minha doce Maria."O nosso olhar encontrou-se e os seus olhos transmitiam amor."- Ainda não me respondes-te. Porque não foste à biblioteca? O sr. Ricardo perguntou por ti. Não foste levar os livros?"Ricardo! Ricardo, perguntou por mim?!?
(continua)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sem volta!

O desejo mais do que profundo em querer sair do aconchego, fez-me voar para longe, levada pelo vento, levada pelas mágoas, levada pela tristeza.
A noite cai e com ela os meus medos voltam.
Não sei onde me encontro.
Ao longe vislumbro umas luzes que me servem de protecção.
A chuva continua a cair. Cada vez mais gelada, cada vez mais intensa.
Adormeço!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um Delírio XII


(Continuação)

A profunda dor continuou em meu peito.
Que difícil era respirar!
Ouvia a respiração pausada de minha mãe, o vento a soprar nos cabelos.
Continuava com os meus olhos fechados.
Ouvi passos ao longe, senti a minha mãe voltar a cabeça e dizer algo.
"- Tens que vir para casa!" - ouvi a voz de José calmamente bem perto de mim.
As lágrimas ofuscavam a minha visão.
"- José!" - a voz saiu muito embargada.
Senti os braços de José envolver o meu corpo. Pegou-me e levou-me do sítio onde acabava de ficar metade do meu coração.
A minha cabeça ficou amparada no ombro forte, robusto de José. Os meus braços envolveram o seu pescoço. Senti uma paz. Ali sentia calma.
Olhei ao longe a terra revolta onde tinha ficado o corpo de meu pai. As flores espalhadas pelo alto, de forma ovalada, fez-me recordar a planície na primavera.
"- Tu prometes-te que irias ser forte."
José parou e o nosso olhar encontrou-se.
"- Temos que falar e tem que ser hoje!" - a sua voz denunciou perturbação.
Os braços que me tinham amparado estavam a colocar-me no chão.
Sentámo-nos na beira da estrada e fiquei a olhar para José.
"- Que queres dizer?" - perguntei um pouco envergonhada.
Ele disse algo que não percebi. O meu pensamento estava longe naquele momento. Olhava para José e recordava o nosso primeiro beijo. Pensei: "E, se ele me ia dizer que se ia embora? Que nunca mais nos poderíamos ver?"
"- O que dizes? Maria!" - a sua voz soou um pouco mais alto.
"- Dizer do quê?"
"- Não ouviste nada do que te disse!"
"- Vais-te embora?"
"- Embora!? Maria, perguntei-te se querias casar comigo!!"
"- Casar?? Eu?? Contigo??"

(continua)

ALERTA!!!!!



Atenção!!!!


Se é homem, vai dar sangue, e estamos no verão, NÃO leve calções. Pior, calção até pode levar, mas leve cueca também.


É que deitado/sentado na cadeira de colheita não se aperecebe, que, quem está à sua frente VÊ tudo até à alma, eheheheheh.

Final de tarde de 5ª Feira

Nazaré/2011

Um final de tarde na praia.
O sol, escondia-se pela neblina que teimou e fazer companhia bem no final do dia.
Foi uma despedida em beleza!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Gelados!!!


Em dia de calor, para recarregar as baterias.
A top-model sou eu, mas sendo conhecida internacionalmente, não posso colocar a minha foto, senão perco o patrocínio da lingerie, ai, da marca que me patrocina o gel duche.
O gelado foi uma perdição, mas comi-o todo e mais que houvesse.

A caminho da fila...




Foi com grande pesar (ah! ah! ah!) que, hoje soube que este senhor (bom, bom bom...rapaz) está de novo solteirinho...


A viagem para Itália já está marcada. Ir bem depressa, pois as aves de rapina irão ser mais do que as mães.


Belíssimo!!!!

Uma ida à praia

Esta foi uma das imagens que vi durante o dia de ontem.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Verão!

Quando era mais nova, o Verão chegava no dia 21 de Junho.

Hoje em dia também, mas tem hora marcada. Modernices!! Só falta tirar a senha e esperar a vez de aparecer.

Pelos visto é lá pelas 18h. Já o sol se vai quase a pôr, quando chega a estação do sol, mar, praia, férias!!! As minhas só daqui a 1mês.

E ainda para mais este fim de semana é dos tais, a trabalhar!!! E o descansinho que é bom é só lá para sexta-feira da próxima semana.

Sobrevivi da outra vez, e desta também.

Ainda por cima dão 39graus para Portalegre no domingo. Acho que vou trabalhar de bikini!!!

É melhor não, senão as tensões dos senhores não deixavam de subir e as das senhoras de descer, eheheheheheh

Chega de maluquices!!

Ao trabalho!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Alto...






São momentos de humor

Que mascaram um semblante negro

Vivências alegres, fúteis

Que minha alma abandonam

Por vezes necessários, outras apenas úteis!



O sol abrasador que me queima

Faz arder a minha alma gelada

Suave no seu toque mais profundo

Desejos ardentes no pensamento

Caídos! Caídos pelo chão, imundo!



O corpo é apenas um fantoche

Manipulado por correntes ásperas

De vivência passageira deitada para o ar

Procura uma orquídea pelo seu anjo

Que lá no alto a continua a guardar...

domingo, 19 de junho de 2011

Visão do "meu" Eclipse -15/06/2011







Estas são algumas das fotos que tirei ao eclipse.
Logo no início não deu para tirar, pois a lua estava completamente tapada e a minha câmara não a distinguia no céu.
Não tenho nenhuma máquina profissional com milhares de pixeis (que eu pensava que eram bonecas) e o zoom chega ao 8.00x (nem sei o que isto quer dizer).
Como o "olho" para a foto não é grande coisa, esta serve muito bem.

sábado, 18 de junho de 2011

Um Delírio XI

Nicholas Poussin
The Funeral of Phocion, 1648


(continuação)

O espelho que se encontra à minha frente, reflecte uma figura escura, estranha, distante.A cara alegre de outros dias, está fechada, triste.Os olhos vermelhos, inchados. A pele envelheceu séculos. O olhar, fundo, vazio.Esta dor, agonizante que não me deixa respirar, dificulta o meu viver, está cada vez mais entranhada no meu corpo, no meu ser.
"-Maria, temos que ir."

"-Vou já, mãe!" - digo muito baixo.
Escovo o cabelo mais uma vez. Fecho os olhos e por mais que queira, não consigo chorar. A dor é tão forte, que me bloqueia.
"O meu pai! O meu querido pai! Partiu! Agora foi-se embora!" é aqui que está o meu pensamento.
Lá fora, o sol brilha. Mas esse brilho, ao contrário de outros dias, não alegra a minha alma.
Ao encaminhar-me para a porta revejo toda a minha curta vida. Em todos os momentos lá estava o meu pai. Até quando me perdi, ele foi o primeiro a chegar perto de mim.
Ao entrar na sala, reparo que está cheia, mas a dor intensa, nem me deixa ver quem lá se encontra. Aceno a cabeça em sinal de cumprimento. O olhar encontra pessoas, mas o pensamento não consegue distinguir quem são.
O cemitério sempre foi um sítio que me deixava melancólica, distante. Ao passar ao seu lado, a caminho da escola; verão, inverno, sol, chuva, neve, todos esses momentos foram perturbantes.
E, agora estava ali. E nada do que imaginava estes anos todos, era real. O sítio era calmo, de paz.
Estava a olhar para o meu pai.
Agora tinha a certeza que era a última vez!
Ali, aquele momento, aquela imagem era a última recordação do meu pai.
Ouvia o choro da minha mãe, de alguns dos presentes, e a minha alma encontrava-se tão dolorosa, tão dolorosa.
Os meus olhos tentaram encontrar o José. Não me tinha apercebido se ele estaria presente, mas naquele momento pensei nele. Olhei em volta e não o encontrei. Onde estaria?
Senti a minha mão ser segura.
Era a minha mãe. Olhou para mim e nos seus olhos eu vi uma tristeza tão grande.
"-É agora, Maria! Vai partir para sempre!"
Agarrei-me com toda a força à minha mãe. Os meus braços envolveram o seu corpo, as minhas mãos agarraram com toda a força as suas costas e nesse momento o meu mundo ruiu, desabou para todo o sempre. Senti as minhas pernas fraquejar, enquanto toda a força do meu corpo se concentrava naquele abraço a minha mãe. As lágrimas saíam sem eu ter controlo nelas. A dor tão profunda no meu peito, no meu ser, no meu corpo. Chorei!!
Enquanto o meu pai descia até à sua última morada, a dor ficava cada vez mais forte, das minhas mãos escorria sangue!
Aos poucos as pessoas iam embora. Sentia a minha mãe mexer a cabeça. Ninguém se aproximava de nós.
Os meus joelhos tocavam o chão. Os meus braços abraçavam agora as pernas da minha mãe.
As lágrimas caíam ininterruptamente!
O sol estava baixo no horizonte.
Nenhuma das duas tinha saído do seu lugar.

(continua)

Para descontrair

Dois gajos do Porto, dos Super Dragons discutem sobre férias, e diz o primeiro:
- Este ano num bou seguir os teus cunseilhos!
- Atão e porquê?
- Atão, em nobenta e oito sujeriste-me o Habay. Eu fui e a Maria engrabidoue! Em nobenta e nóbe sujeriste-me a Republica Dóminicâna.
Eu fui e a Maria engrabidoue! Em dois mil mandaste-me pró Brazil. Eu fui e a Maria engrabidoue! Arre porra, não confio mais em ti, carago!

- Deixa-te de coisas! Este ano bai mas é às Ilhas Seixales, mas tens que tomar um cuidado!


- Cuidado! que cuidado?

- Desta bez leba a Maria cuntigo, carago!!!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Eclipse I

Estava eu ontem a falar no eclipse lunar e o que me traria ele.
Sabem o que trouxe, sabem???
Uma operação Stop na estrada.
Realmente não tenho sorte...

Copianço

"Marinho Pinto defende anulação de prova do CEJ

O bastonário da Ordem dos Advogados considera que a decisão do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) é censurável por branquear a falta de seriedade dos futuros magistrados.

À TSF, o bastonário da Ordem dos Advogados disse discordar da medida do Centro de Estudos Judiciários.


O bastonário da Ordem dos Advogados defendeu, em declarações à TSF, que a prova que os formandos do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) realizaram devia ser «anulada».
Numa referência ao caso do copianço generalizado num teste do curso de auditores de Justiça do CEJ, Marinho Pinto lembra: «No meu tempo, se um aluno fosse descoberto a copiar a prova era anulada».
O bastonário entende que «no CEJ nivelou-se tudo por baixo para evitar que o assunto fosse público», considerando que «é preciso que as pessoas fiquem com a ideia de que os futuros magistrados são pessoas acima da média».
À TSF, António Marinho Pinto disse ainda que «em Portugal há o paradigma de que quem é magistrado é honesto. Isso é mentira, são tão honestos ou desonestos como o comum das pessoas».
«Este episódio demonstra que estão a tentar ser magistrados pessoas que já dão provas da sua desonestidade, antes de acederem ao cargo», conclui. "

(Via TSF-Rádio Notícias)


NOTA PESSOAL: Não concordo com muitas coisas que Marinho Pinto por vezes diz, mas neste caso "AH Ganda Marinho!!"

Tem razão em tudo o que diz, mas serem "punidos" com 10?!? Punição é anulação e expulsão. Que credebilidade têm essas pessoas que nem numa prova conseguem ser honestos?!?

Aguardemos os próximos dias.

Eu voto na expulsão e, quem queira, começar tudo de novo, do zero.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eclipse

Hoje há eclipse lunar...

A Lua vai estar escondida hoje quando nascer devido a um eclipse total, o único visível em Portugal, dos seis previstos para 2011.(aeiou.expresso.pt)

Será que irei encontrar algo misterioso?!?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lagart(ixas)

Os bichinhos da natureza são "todos" nossos amigos.

Habitualmente costumo passar alguns dos meus dias no campo, no meio das árvores, flores, horta e, claro animais (ovelhas, cabras,patos, galinhas, coelhos, pombos). Um autêntico jardim zoológico do Alentejo.

Para além destes domesticados, também por lá vagueiam javalis, raposas, cobras, lagartos e LAGARTIXAS!!!!

Ontem estava já de saída do meu local de trabalho e após fechar a porta, quando me preparava para apagar a luz, lá estava ela a olhar para mim, no meio da sala, com olhar esbugalhado e para aí uns 4metros de comprimento!!! Eu o que fiz?!? Fugi!!

Durante a noite sonhei com lagartixas, que saltavam de todos os lados.

Hoje quando cheguei nem sinal dela, mas estou de olho!

Ela tem que aqui estar, onde não sei?

Dar Sangue




Hoje é o dia Internacional do Dador de Sangue.

Hoje é um BOM DIA para dar sangue.

Não custa nada.



"Cada gota que pinga do seu corpo

Pinga de vida para alguém..."

domingo, 12 de junho de 2011

Oh meu Rico Santo António!!

Oh meu rico Santo António
Santinho da minha devoção
Não me arranjes já marido
Não me quero casar, não!

Roupa lavada e comida já prontinha
Todos querem de bom agrado
Mas ajudar aqui as meninas
É pior do que mau olhado!

No início tudo é bonito
Das flores, ao beijo "roubado"
Depressa esquecem os miminhos
E procuram outro achado

Nas noites de bailarico
Gosto da bela sardinha assada
Comprar uma rifa e sair um mangerico
E chegar a casa toda amassada

Mas a noite já passou
E o meu santinho que bem se comporta
Perto do meu coração
E homem longe da minha porta!

sábado, 11 de junho de 2011

O Teclado

Os dedos tocam no teclado
Como se de uma paixão se tratasse
Encostam suavemente uns nos outros
À espera que a paixão passe

Por mais que se tente, às vezes
Esse encontro é inevitável
Quase que chamam uns pelos outros
Tal é a paixão inimaginável

O 1º encontro foi para todos assustador
Do susto à paixão foi um passo
Hoje é vício, ferramenta de trabalho, ou lazer
Do toque mais suave, por vezes sai um abraço

Companhia sempre presente
Vem o écran, as colunas e o rato
Por vezes uma câmara também se aloja
E tudo fica pronto para o 1º acto.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

...

Só uma mera curiosidade.
Quem me vê no Japão?????

Indignada

Não estou a perceber!

Já ouvi falar que o blogger tem dado problemas em vários blogues. Desde não conseguirmos comentar os blogues que visitamos ou até mesmo o nosso; não conseguirmos visitar os nossos seguidores, não os conseguirmos ver no nosso blogue, enfim uma dada de peripécias desde o apagão.

A mim, a única coisa que me aconteceu foi mesmo o apagão.

Mas agora estou desconfiada que isto anda mesmo marado.

Vamos por partes:

- Tenho 25 seguidores;

- 60/70 visitas diárias;

Ontem tive 313 visitas e hoje pelo que vejo para lá caminha. Ou isto conta a triplicar ou quadriplicar ou então de repente o meu blogue saiu aí em algum jornal, televisão ou até mesmo no espaço.

Digam lá se, se passa o mesmo convosco??

Estou a ficar ASSUSTADA!!!!!!

...

Caro Pedro Coimbra eu pedi um pouco de calor também, mas você enviou primeiro a humidade!!!!

Portugal abaixo dos +10º

E temos de volta o Inverno!

Em tempo de praia, pois já há quem esteja de férias, o frio teima em ficar a atormentar os nossos dias e noites.

Por mais que digam que está fresco, é mentira!!! Está um frio de rachar. E só por vergonha é que não visto uma camisola de lã, pois tenho frio e há conta disso o nariz já pinga, os espirros voltaram, e não, não é alergia, é mesmo FRIO!!!!!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Roda o "tacho"

Com a mudança de governo, há tanto "tacho" a rodar.
Os que estão de saída a nomear os "pedidos" que tinham na gaveta.
Os possíveis a entrar a "coleccionar" pedidos.
No fim o trem de cozinha ficará completo.

Idades

Torna-se engraçado as pessoas tentarem adivinhar a nossa idade.

Quando era mais nova, ficava triste, zangada pois queria parecer mais velha do que realmente era, mas feliz ou infelizmente davam-me sempre menos idade.

A altura de facto não é muita, pouco mais de metro e meio. Quanto ao peso, durante anos os ossos eram o mais visível, hoje em dia também, mas mais preenchido de carnucha. O meu avôzinho ficava sempre muito preocupado com a minha alimentação, dizia muitas vezes que o ar devia ser o meu alimento, de tão pouco que comia. Hoje, tem dias e algumas vezes depende da refeição. Se é coisa que me agrade, sou capaz de comer por dois ou três, como é capaz de meio prato chegar prefeitamente. Passemos à frente.


O sr. O, senhor que todos os meses me visita, quer dizer, visita o meu "estabelecimento comercial", ficou abismado ao saber a minha idade. Falava-se de aniversários (PARABÉNS OH MACLEIA, então hoje à festa no Alibábá???) e quando eu disse que o sr. M que até é meu tio fazia 45 anos, portanto mais nove anos que eu, o sr. O não queria acreditar, pensou que estava a brincar. E convencê-lo? Foi difiícil. Ainda para mais os cabelinhos brancos, que já são muitos ainda continuam disfarçados, mais ajudavam à festa.

Fiquei contente pois não me dava mais do que 26, sempre são menos 10 anitos do que aqueles que tenho.

E agora já não fico triste nem zangada por me darem menos idade, eheheh.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A minha visão da nossa política

Irei ser suspeita a falar, pois de política, como os meus amigos já sabem, não percebo, nem quero perceber. São meandros demasiado oportunistas para a minha simples pessoa, do povo.

Um ciclo que começou unido, como um bouquet, que iria fazer frente a tudo e todos, o nascer de uma roseira frondosa, revelou-se com o passar do tempo, que nem todos estavam dispostos a segurar tal bouquet.



Os pés de flor, ao pouco foram caíndo. E, no fim restaram poucos mais de duas rosas, que até já o pé tinham perdido, mas mantinham-se unidas, agarradas à vida, agarradas aos ensinamentos de um velho do Restelo, que mesmo afastado, ainda impõe a sua presença.
Acabou a flor por murchar, como se viu ontem.

E até o dia que começou solarengo, acabou num cinzento, quase negro, fazendo adivinhar o fim triste, trágico de tal bouquet.



Como já todos sabem, a era é da laranja. Não a laranja mecânica, que essa pertence à Holanda dos idos anos 80. Mais a laranja do nosso Portugal, grande, robusta e cheia de sumo. Encontram-se alguns caroços pelo meio, mas também nem tudo é perfeito.
E, se repararmos bem, junto às laranjas, encontram-se já alguns oportunistas limões, azedos, ácidos, que ao juntarem-se ao doce da laranja, ninguém dará por eles, mas eles estão lá a feirar.



A laranja acabadinha de chegar, irá despir-se para todos nós, com falinhas mansas, com promessas que irão tardar a ser cumpridas, mas não interessa. O importante neste momento é mostrar o gomo, e fazer escorrer o sumo que ela tem.

Quanto ao sumo, o que não seja escorrido, irá ficar com mofo, bolorento, sem graça nenhuma.
E áqueles que ontem se riam, festejavam, dançavam, irão comer da laranja bolorenta que um dia pensaram que lhes mudaria a vida.



E pronto, foi a visão da nossa política.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um Delírio - X

Le Jour des morts, 1859, William-Adolphe Bouguereau

(continuação)

Senti o seu corpo ficar tenso. O seu abraço continuava forte. Senti os seus braços envolverem o meu corpo, sufocando-me.
"-Porquê desculpa?!" - a minha voz saiu sumida, abafada pelo medo.
O seu corpo afastou-se um pouco. O nosso olhar encontrou-se, de novo.
"-Maria, tens 15 anos! Eu tenho 40. Não podemos, não devemos!"
Fechei os olhos. As lágrimas teimavam em sair. Não queria que me visse chorar. À minha memória vieram algumas das românticas heroínas, que povoavam a minha imaginação, que "saltavam" dos livros que folheava apaixonadamente.
Esta era a dor da rejeição, do incorrecto, que algumas vezes lera. Esta dor, insuportável que se alojou em meu peito, que me cortava a respiração.
"-Minha pequena, Maria. Que irei fazer contigo?"
Senti, os seus lábios tocarem os meus.
"-Anda! Temos que ir ver como está o teu pai. Ele está muito mal. Tens que ser forte!"
Não percebi porque estaria José a dizer aquelas coisas. "Ver o meu pai?" , "Ser forte?" não entendia.
Fomos andando pelo riacho. As nossas mãos iam juntas! Ia de mãos dadas com José! Não senti os minutos passar, nem tão pouco a beleza do riacho me cativava como em outros passeios. José falava comigo, mas o meu pensamento, o meu espírito encontrava-se lá atrás. Tinha ficado no sítio onde demos o nosso primeiro beijo. O meu primeiro beijo.
Senti a sua mão agarrar a minha fortemente. Olhei para ele.
"-Que se passou?"
"-Promete-me que vais ser forte!"
Não estava a entender o que ele queria dizer. Os meus olhos tentavam encontrar um ponto que me fizesse perceber o que se passava.
"-Maria, promete!" - a sua voz forte, possante, assustou-me.
"-Prometo."- respondi envergonhada.
Quando chegámos perto de casa, vi algumas pessoas à porta. Umas choravam, outras olhavam em silêncio para longe. "O MEU PAI!!!!".
Soltei a mão das de José, corri, corri até não poder mais. A ânsia de chegar a casa. Queria ver o meu pai. "O que se estava a passar?!".
Passei pelo amontoado de gente, empurrando alguns, tropeçando noutros. Não pedia desculpa, nem queria saber se magoava alguém. Entrei.
A minha mãe encontrava-se à cabeceira da cama onde o meu pai estava.
Senti a mão de José puxar-me.
"-Forte!" - ouvi ele dizer baixinho.
"-Pai, estou aqui."
Cheguei perto da cabeceira. As minhas mãos tocaram as do meu pai. Frias, gélidas. O seu olhar encontrou o meu. Tentou sorrir. O seu olhar sorriu ao ver-me.
"-Minha pequenina! Meu doce!" - a sua voz saía tão sumida. A sua respiração arfava.
"-Estou aqui, paizinho! Estou aqui!". Debrucei-me sobre a sua face. "Mil" beijos saíram dos meus lábios. Pequenas lágrimas caíam. Tudo o resto parou. Era só eu e o meu pai, ali. Nada mais existia. Aquele momento era nosso. Os nossos olhos "falavam" por nós.
"-Maria, serás sempre a minha flor, a minha fada."
"-Não fale, que se cansa."
"-Está aí o José?"
"-Sim, senhor. Estou aqui." - respondeu José, já perto de nós.
"-Sabes o que tens que fazer. Promete-me!"
"-Fique descansado! Tratarei de ambas."
"Tratar de ambas? Promessas?"- O que se estava a passar ali? Agora não interessava. Tinha que saber o que estava a acontecer com o meu pai. Ficar ali ao pé dele. Aconchegá-lo.
Senti a sua mão pegar a minha fortemente. Os seus olhos encontraram os meus. Amor, pena, tristeza. Tudo o que o seu olhar transmitiu. Agarrei-o bem forte. Os meus lábios repousaram suavemente na sua testa.
"Amo-te!!" - disse o meu pai, num som que só eu consegui ouvir.
Os olhos fecharam-se. Uma lágrima correu. Não se moveu mais.
"NÃO!!!!!!" - a minha voz soou tão forte como se rasgasse o meu peito pela dor que senti.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Christina Perri - Jar of Hearts



Uma excelente música, letra e fenomenal vídeo!
Já a algum tempo que não via um vídeo tão espectacular!!!

Off - The End

Isto mais parece uma sequela do Aliens.

Nos últimos dias o cansaço apoderou-se do meu singelo corpo.

O banho não passava de uma passagem pelo chuveiro, os cabelos não viram escova, e até o creme diário foi passado tão à pressa pela cara, que ao chegar de manhã ao serviço, se interrogavam se me teria deitado ou não. De facto as poucas horas que o meu corpo esteve na horizontal, tinha o meu pensamento na vertical.

O fim de semana em serviço, ficou mais suave, com a belíssima paisagem de Reguengos de Monsaraz. Até a viagem ficou mais animada pela paisagem deslumbrante.

Os documentos estão prontos, as vestes apropriadas ao acontecimento, a cara e os cabelos, parecem saídos de um filme de terror.

Entram os carniceiros, a meu ver, claro.

É pergunta para cá, resposta para lá. Vê dossier, tira folha, coloca folha, e mais perguntas.

Tanta pergunta que mais parece interrogatório, tipo PIDE. Só faltaram os maus tratos!!

Perguntas sobre o que faço no meu dia a dia, como atendo os dadores, onde os registo, como registo, enfim perguntas que servem para nos despistar e tentar apanhar na curva.

E, continua no dia seguinte em Elvas.

Balanço Final.

Aguarda-se relatório que encontrou algumas falhas no serviço.

E, toca a começar tudo de novo, pois a Auditoria Externa não tarda aí!

Pode ser que este ano a Inspecção nos deixe em paz.

É que isto de ter um serviço Certificado tem que se lhe diga!!!


PS: Sobrevivi, abananada, mas sobrevivi, eheheheh!

Venha a sexta-feira para descansar!