quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Longe...

O sol já não me aquece
Não me aquece com o seu calor
O meu coração sangra de saudade
Sinto falta do teu amor

Deixaste-me só e triste
Sem ti sinto-me perdida
Arrasto-me pelo tempo
A minha alma encontra-se ferida

Ferida com golpe profundo
Profundo como um punhal
Sinto-te longe de mim
Vem! Não te vou fazer mal...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Need You Now

Picture perfect memories,
Scattered all around the floor.
Reaching for the phone 'cause
I can't fight it any more.
And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

Another shot of whisky,
can't stop looking at the door.
Wishing you'd come sweeping
in the way you did before.
And I wonder if I ever cross your mind.
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm a little drunk, and I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all.
It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
And I said I wouldn't call
but I'm a little drunk and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now,
I just need you now.
Oh, baby I need you now.

Lady Antebellum

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O tempo


o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.


José Luis Peixoto

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vindima

Ler o blog de um dos meus seguidores, fez-me recuar no tempo.

Finais de Setembro, a escola ainda não tinha começado. Eram os últimos dias de férias.
Antes da vindima, preparavam-se os cestos, os apetrechos, combinavam-se os turnos, e quem fazia o quê. Como sempre, deixavam-me de fora. Andava sempre a cirandar de um lado para o outro, queria ver como era, queria fazer parte do mundo adulto.
- Vai ler um livro! Vai ver os livros da escola! - mas como? se já tinha visto tudo, mais do que uma vez, e até já tinha feito algumas fichas de trabalho. Não queria ler, queria estar ali a aprender tudo, a ver como se fazia. E no dia seguinte, também queria ir.
Não conseguia dormir, acordava vezes sem conta durante a noite. E, há hora de acordar, estava a dormir que nem uma pedra.
5h da manhã, hora de acordar.
Custa um pouco no início, mas depois passa o sono e a ânsia de ir para as vindimas é tanta que até me esqueço do sono e da noite mal dormida.
A vinha fica no meio da serra. É ainda noite quando chegamos. Está nevoeiro. Mágico.
Perco-me um pouco na paisagem, e nem dou pelos trabalhos começarem. Esqueci um pouco a vindima, nem ouço as cantorias para aquecer a alma. Estou longe, bem longe, daquele lugar.
- C. então não vens ajudar? - ouço a minha mãe dizer.
Corro a buscar um cesto pequenino, pego na tesoura de poda e lá vou eu aprender.
A meio da manhã, já tinha apanhado dois cestos, pois entretinha-me mais a ver os outros a trabalhar do que propriamente a apanhar as uvas.
O almoço era quase sempre carne frita com migas de batata ou de pão, salada de tomate.
Depois de almoço, dormia a sesta, e quando acordava já estava quase tudo apanhado para aquele dia. No dia seguinte havia mais.
E assim era durante quase uma semana.


As noites já refrescam um pouco.
Durante o dia o sol aquece, um pouco.
Já sabe tão bem, um cafezinho bem quentinho, uma manta pelas pernas e ficar enroscadinha no sofá, a ler, ou então, não fazer nada. Simplesmente ficar assim.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Avó "Parinho"

Com a chegada do Outono, vi partir uma avó emprestada, mas que considerava como se fosse minha de verdade.
94 anos de idade.
94 anos de vida dura, vida sofrida de uma mulher abandonada pelo marido com três filhas a cargo. Trabalho do nascer ao pôr do sol para que nada faltasse às suas meninas.
Quis o destino que morresse no mesmo dia que o marido que a abandonou, com diferença de 3 anos.
Avó "Parinho" como o teu bisneto te chamava, vamos sentir a tua falta, do teu sorriso, da tua gargalhada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chegou o Outono

Finalmente!!!
A brisa outonal já se faz sentir.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Luz ao longe

A noite gela o meu corpo.
Abro os olhos.
O luar denuncia uma presença.
O corpo dorido tenta fugir, não consigo.
Agrilhoada. Encontro-me presa à terra que me consome, pouco a pouco.
Alguém chega.
A força abandonou o meu corpo.
Seguras-me. Sinto as tuas mãos no meu corpo.
A tua mão, dá-me de beber.
Os olhos abrem-se muito a custo.
Encontrei um olhar doce, um sorriso tão calmo.
Tentei sorrir...

SLB

Para os meus amigos sportinguistas, com muito amor e carinho.

sábado, 18 de setembro de 2010

Rattle and hum II

Simplesmente genial!!!
Adoro-te ...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Rattle and Hum



O DVD que chegou hoje às minhas mãos!!!
Já adivinharam onde vai ser passado o meu fim de semana e a fazer o quê.
Tantos temas para ouvir e ver.
Quem me conhece, sabe muito bem como estou, eheheh

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Procura

Procurei por ti
Procurei uma presença tua
O vento sopra forte.
Ando pela rua sentindo a aragem fresca que me gela o rosto, o corpo, o coração.
Sigo por uma estrada sem saber onde me leva
Começa a chover.
As gotas misturam-se com lágrimas que teimam em correr
O coração, aos poucos, vai gelando.
Os passos vão ficando difíceis de dar.
O corpo aos poucos vai definhando.
Se, ao menos, tu estivesses aqui...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um sonho desfeito

De entre tanta gente que nos vai surpreendendo pela negativa, ainda há quem nos surpreenda pela positiva. Ao menos isso.
Para desgostos e amarguras, bem basta as que nos vão batendo na cara, como se chapadas fossem. E o mais engraçado é que damos sempre a outra face.
A vida continua, como sempre continuou, e sempre há-de continuar, mas o olhar fica mais triste. O interior moribundo. Algum dia já nem sei quem sou, nem para onde vou.
Os sonhos nunca passaram disso mesmo.
Sonhos...

sábado, 11 de setembro de 2010

Recordações

Ainda estava eu a deliciar-me com a recordação do meu 5ºano (antigo 1º do ciclo) na dita escola, onde fui levar a minha filha para o 1º dia de aulas quando ouço:
- Não vais para a Católica? O teu pai e os teus tios não foram e tu também não vais.
- Oh avó, mas as minhas amigas vão e depois vou ficar sozinha.
Católica??? - pensei. Mas ainda agora entraram no 5º ano, já está a pensar na universidade?? Erro meu.
- Lá não se aprende nada, tudo o que dizem é mentira, Deus não existe.
Pronto, a Católica não era senão as aulas de Religião e Moral.
Recordei as minhas aulas de Religião e Moral no 5º e no 6º ano, e só me recordo que foi onde aprendi a dar nós nas gravatas, não me recordo de mais nada. Ah e da catequista também, que ainda hoje vai ao meu serviço falar-me a mim e a metade da população de Portalegre, claro e o mais engraçado é que sabe os nossos nomes ainda. Não o nome que tenho no cartão de identificação, o nome de solteira mesmo.
Mas a conversa entre avó e neta continuou.
E no fim pensei. Está aquela criança (mais alta do que eu) a iniciar uma nova fase da sua vida, era para ser acarinhada, mimada e a parva da avó só a melgar a miúda. Ainda olhei duas ou três vezes de lado, a ver se ela percebia, mas acho que não me viu, só "via" era dizer mal de tudo, da escola, do ensino, dos professores, dos horários,...
Cheguei a casa, falei com a A. sobre a conversa da sr.ª e ela diz que não ouviu muito bem, pois estava a "ver" a escola nova. Contei-lhe algumas peripécias engraçadas, revi professores que ainda me recordam (por bom comportamento, não pensem que era uma rebelde), revi onde me apaixonei pela 1ª vez (e o apaixonado à minha frente com o filho) ehehehe.
Foi bom voltar ao 1º ano do ciclo, que era assim que se chamava no meu tempo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Check-up

Doutourices à parte, hoje foi dia de check-up anual.
Diagnóstico:
Visão - Cansada
Audição - Surdez de percepção (ouvir, até ouço, não percebo é certos sons; coisa que convêm às vezes)
Olfacto, Gosto e Tacto - não são mensuráveis (que desperdício o gosto e o tacto não serem avaliados com este doutor)
ECG - Coração de ferro, não sofro de mal de amor
RX ao Tórax - Boa insuflação
Análises - Segue o resultado amanhã
E como me apanharam lá, vacinaram-me. Não contra a raiva, mas sim contra o tecto, perdão, tétano. Com aquele doutor, era no tecto, na parede, no chão...

Sugestão Semanal

10 de Setembro 2010
21:00h
Pavilhão Atlântico

Poucos artistas cantam o amor com tanta elegância, eloquência e sentimento como o canadiano Leonard Cohen.
Aproveitem, para ouvir o mestre das letras românticas.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Saudades

Uma brisa outonal já espreita no horizonte.
Hoje, o dia está propício para uma estadia no sofá, a ler um bom livro, e um chá de frutos vermelhos ao lado.
Já tinha saudades deste tempo...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O sol brilha intensamente, queimando-me a pele
Penso em ti, nas saudades, na falta que me fazes
Estar sem ti, dói.
Uma dor agonizante.
Uma lembrança tua, rejuvenesce o meu ser

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


A brisa madrugadora entra sorrateiramente pela janela.
Abraça o meu corpo despido, gelando-o.
Imagino-te... penso em ti.
Sentir a tua mão percorrer o meu corpo.
Os teus lábios saboreando-o.
Deixo-me levar por um sonho bom.
Deixo-me levar...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Abelhita

Sou um docinho, disso já não tenho dúvida.
No início do verão, umas picadas na perna, de seguida um ataque aracnídeo, na praia umas melguitas e agora uma abelha.
De manhã, aguardava a boleia da mãmã, e os cabelos ondelavam por causa da brisa matinal.
Acabadinha de tomar o banhinho matinal, a cheirar a pétalas de rosa, entrelaça-se a abelha no cabelo, vou lá com a mão e zás, duas picadelas, que doeram imenso. O dedinho, minúsculo, franzino, ficou quase da largura do punho. Só queria sair dali, senão a malvada ainda ia chamar as manas e para além do dedinho, ficava eu toda um inchaço.
Cheguei ao serviço e recorri logo à urgência para tomar um anti-histamínico que me deu uma pedrada enorme. O dedinho já está normal.
Durante o dia fiquei a pensar "devo ter um sangue bem docinho". Mas ainda bem que os vampiros, só mesmo os da novela e dos filmes, senão tinha filas intermináveis à porta. Acho que até se mordiam uns aos outros pelo meu sangue. Assim à falta de vampiros, que se queriam jeitosos, lá vamos tendo umas melgas, umas aranhitas e uma abelhinha.
Que mais virá até ao fim do verão.
Quero a minha estação do ano favorita, rápido.
Outono, onde andas??