sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vida

Vai! Foge!
O que estás a fazer? Para onde vais?
Não quero fugir, quero ficar.
Aquela casa. Meu Deus, a casa da minha infância, em ruínas, chamuscada.
Ainda sinto o odor a madeira queimada.
Volto-me. Sinto o meu corpo perder todas as forças. o chão foi o meu amparo.
Assim, caída fico a contemplar aquela fachada, meio caída, negra.
É assim que está a minha vida.
Aquela casa, sou eu. É o meu reflexo.
Fico assim?
Recomeço?
Aquela já não tem solução. Valerá a pena reconstruí-la?
Ou irei percorrer caminhos sinuosos, tortuosos, obscuros, até encontrar outra?
Encontrarei uma mais alegre.
Fecho os olhos e fico assim, caida

Sem comentários:

Enviar um comentário