terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Coração de Pedra

O que fazer quando se pensa que se tem um amor e na verdade não se tem?
Continuar a pensar nele? Esquecê-lo? E mesmo quando se tenta esquecer, quantas vezes damos por nós a pensar ainda mais nele?
São pequenas dúvidas que nos assolam a todos uma vez, ou mais, na vida.
Os amores aparecem como se de uma tempestade se trata-se. Vêmo-lo ao longe a chamar a nossa atenção com os seus raios brilhantes, agitando o nosso ser, cada vez mais intensamente. Quando chegam, tocam-nos ardentemente, alterando a nossa vivência, a nossa maneira de ser. E tão depressa chegam, como partem, destruindo-nos por dentro, como se não houvesse mais amanhã. A destruição completa.
Mas como somos fortes, pois é com estas contrariedades da vida, que nos fortalecemos, levantamo-nos, de novo, erguemos a cabeça e mãos à obra de novo, com um íntimo fortalecido, à prova de tudo e de todos. Não haverá mais ninguém que nos fará sofrer, que nos fará chorar, que nos fará pensar que o Amor só acontece aos outros.
Quero esquecer, esquecer-te, mas a tua presença é tão intensa na minha vida que quanto mais te quero esquecer, mais me lembro de ti, da tua maneira de ser, da tua escrita, do teu jeito especial que me conquistou. Que conquistou um coração de pedra.

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